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A importância do preparo do síndico como líder

     Temos nos defrontado frequentemente com notícias sobre agressões ao síndico. São atos que, muitas vezes, chocam pela violência e covardia, agressores que agem deliberadamente sem medir as consequências.

     A esfera judicial pode dar conta de alguns tipos de agressão, mas hoje, queremos falar sobre como o gestor pode prevenir esse tipo de conduta por parte do morador.

     A conquista da liderança

     “É importante que o síndico assuma seu papel de líder, não algo imposto, mas sim conquistado”, afirma a Profa. Rosely Schwartz. Para tanto, um dos aspectos a serem trabalhados é o conhecimento que o gestor precisa ter sobre o grupo que lidera. Ele pode realizar esporadicamente pesquisas contendo perguntas sobre as expectativas dos moradores, para assim, além do perfil de cada um, saber quais são os anseios do grupo e, a partir deles, tomar decisões e definir os objetivos da administração. “Isso faz com que o morador se sinta parte do grupo e tenha mais vontade de participar, de acordo com a docente. “A não participação em assembleias, por exemplo, pode ser um indicador de insatisfação”, explica. A definição dos objetivos com a participação dos moradores fará com que o síndico seja um líder respeitado.

     Comunicação

     Ter um amplo canal de comunicação também é fundamental. Colocar uma caixa de sugestões, em local acessível, de maneira que as pessoas possam se manifestar sem serem identificadas, ajuda o administrador a saber o que os moradores querem e, assim, agir na direção daquilo que pode ser melhorado. Estabelecer uma comunicação permanente, enviando e-mails, ou comunicados pelo aplicativo de mensagens do condomínio, sobre as ações realizadas pelo gestor, também favorece a transparência e, por consequência, a satisfação dos moradores. Outra sugestão é ter um endereço de e-mail em que o morador poderá se comunicar sem usar o livro de ocorrências. E para aqueles que desejam falar pessoalmente com o síndico, seja disponibilizado um horário para o morador agendar o encontro. Hoje os aplicativos que incluem manutenções e reserva de espaços podem ajudar muito nas ocorrências do dia a dia.

     Autoconhecimento e treinamento do líder

     O síndico, como líder, também deve estar preparado para lidar com situações de desrespeito ou insultos. “Ele nunca pode responder no mesmo nível. É preciso que tenha inteligência emocional, que envolve autoconhecimento e treinamento”, diz Rosely. Daniel Goleman, especialista no tema, descreve a inteligência emocional como a capacidade de uma pessoa de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz. Segundo ele, o controle das emoções é essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo. Assim, ao sofrer uma agressão, o gestor terá subsídios para manejar a situação. Todo líder deve buscar essa capacidade de autocontrole.

     Fica evidente que o preparo do síndico para ser um líder será um grande diferencial para que as agressões sejam atenuadas. A cultura do respeito e da paz deve ser algo a ser perseguido pelo gestor, e a sua postura servirá de exemplo aos demais. Como porta-voz dos anseios do condomínio, deve manter campanhas antiviolência de modo a criar uma consciência coletiva de paz.

     Valorização patrimonial

     Para além de todas essas questões, o gestor, ao criar um ambiente harmônico, trará valorização patrimonial, uma vez que as notícias desse ambiente pacífico se espalham pelo bairro. Mais do que os moradores viverem tranquilos, haverá facilidade na venda e na locação das unidades.

     Fonte: O Condomínio 

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Atuação das mulheres em gestão de condomínio

     Realizar a conciliação de conflitos entre moradores de condomínios é uma ferramenta que facilita a vida social, financeira e jurídica de todos.

     Essa função embora seja considerada como uma nova cultura de gestão, ela já é praticada há eras pelas mulheres da família a muitas gerações. E seguindo a importância do síndico dentro do condomínio é possível ter a dimensão de toda essa administração, sendo a ponte entre os moradores e a administradora.

     A síndica tem a capacidade de se colocar no lugar do outro e com isso analisar diversas estratégias para a resolver situações conflituosas. De uma maneira geral, quando a mulher assume o cargo de síndica, rejuvenesce o condomínio, adota novas estratégias, delega funções e acompanha o processo de execução, preocupando-se com detalhes que muitas vezes passam despercebidos pelos homens.

     Fique um pouco mais por dentro da atuação das mulheres neste mercado de gestão de condomínios.

     Síndica profissional

     É uma pessoa contratada pelo condomínio para exercer a função de síndico do local. Ao contrário da síndica moradora, o vínculo da síndica profissional com o condomínio é focado na prestação de serviço. Sendo assim, ela não pode ser moradora e nem proprietária de um imóvel no empreendimento.

     Cabe ressaltar que, para ser síndica, a mulher necessita de um curso de capacitação nessa área e, aprenderá mais sobre a gestão de condomínios, leis, regras de boa convivência e muito mais.

     Por todos esses pontos, a procura por síndicas tem sido a escolha mais acertada quando se trata de fazer uma gestão competente de qualquer tipo de condomínio. Muitas tem mudado de profissão para se dedicar a esse novo mercado de trabalho.

     Sabe o que é preciso para ser uma síndica?

     Para ser uma síndica profissional é preciso possuir conhecimento sobre as melhores formas de atender as demandas condominiais. Além disso, a síndica deve ter as seguintes habilidades:

     • Conhecimento em áreas estratégicas
     Para administrar um condomínio a síndica tem que lidar com diversas áreas, como: administração, contabilidade, finanças, recursos humanos, direito trabalhista. E garantir que não existam pendências e que o caixa do condomínio está sempre com reserva.

     • Organização
     É comum que uma síndica esteja à frente da administração de vários condomínios. Sendo assim, é preciso que ela seja organizada a fim de não se confundir com relação aos problemas de cada condomínio, aos documentos etc.

     • Inteligência emocional
     O dia-dia de uma síndica profissional é estar preparada para resolver atritos entre usuários e moradores de condomínios.

     Para isso, é importante que a síndica tenha calma o suficiente e que seja sempre imparcial, orientando da forma devida todos os envolvidos.

     • Boa comunicação
     Como a síndica profissional está em comunicação com todos o tempo todo: moradores, a administradora dos condomínios, possíveis empresas para adquirir itens de reforma etc.

     É sempre bom que esteja atenta em realizar suas orientações de forma clara e baseada nas normas do condomínio, para não ocorrer dúvidas ou questionamentos posteriores e assim, cultivar o bom relacionamento com condôminos e funcionário.

     • Disciplina
     Sempre trabalhar de forma autônoma e independente com disciplina essa síndica profissional conseguira fazer a administração correta de todos os condomínios que estiverem em suas mãos simultaneamente.

     Novo mercado de trabalho para as mulheres

     Em pleno crescimento, o mercado de síndico é ainda dominado por síndico homens. No entanto, síndicas mulheres estão mudando esse cenário diariamente.

     Por isso, muitas mulheres que desejam seguir a carreira como síndica profissional, estão se aventurando, mesmo sendo um mercado difícil, com o trabalho árduo, mas com a certeza de fazer a diferença nas vidas das pessoas valer a pena o desafio.

     As mulheres têm sido cada vez mais numerosas na gestão dos condomínios e esse é um reflexo da independência que elas adquiriram.

     O que pode ser visto como fraqueza se revela como um ponto forte da atuação da mulher, que é a sensibilidade.

     O mundo muda e as pessoas precisam se adaptar às mudanças. As mulheres, com sua sensibilidade e responsabilidade, estão mais propensas a se a ter resiliência e ajudar na mudança daqueles que estão ao seu redor.

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