Choveu bastante nos últimos dias e a estrutura de um condomínio no bairro Botujuru, em Mogi das Cruzes, não resistiu, parte da construção veio abaixo. Até uma casa vizinha foi prejudicada. Os moradores estão desesperados com a situação e cobram uma solução da construtora responsável pela obra.
As chuvas constantes dos últimos dias comprometeram a estrutura de um condomínio de casas no Botujuru, em Mogi das Cruzes. Moradores precisaram deixar o local, na quarta-feira (07) por causa da queda do muro do quintal. O vizinho também foi prejudicado.
Um dia depois da queda do muro, Aparecida Donizeti de Oliveira continua sem saber o que fazer. Ela mora em uma casa no Botujuru há cinco anos com o marido e a filha. A dona de casa estava no local quando houve o desmoronamento.
“Estava aqui na cozinha, tenho um cachorro, sabe? Quando o cachorro chegou na porta, estrondou. Quando a gente viu, tava desabando tudo. Muito triste, porque eu não tenho onde morar, não tenho onde ficar. Tô revoltada mesmo”, disse Aparecida.
O muro do condomínio cedeu em direção a casa do vizinho, na Rua Santa Cruz do André. Kleber Felipim Melo e a família vivem no local há quatro anos. O prejuízo no corredor e na parte de trás da casa foi bem grande. A janela e o muro do quarto do filho dele foram atingidos.
No período da tarde de quarta-feira (07), a Defesa Civil esteve no local para vistoriar o muro e conversar com os moradores se há risco de mais desmoronamentos.
“A minha casa e mais duas já estão completamente interditadas pela Defesa Civil. Aí agora um engenheiro vai ver se interdita o condomínio inteiro. Já tem um ano que a gente procura a construtora por rachaduras. O muro já estava começando a abrir. Eles falaram que não era amarrado na casa justamente pra não cair o muro e levar a casa junto. Então, eles já tinham, já sabiam do que podia acontecer. Ontem, no período da tarde, caiu primeiro uma parte do reboco. Em questão de menos de dez minutos, o muro inteiro caiu”, explicou a auxiliar administrativa Thamires Rita Martins.
A preocupação agora é que a construção desmorone ainda mais por causa das chuvas.
“Tá com risco de cair e a outra casinha também, pegar a maior parte do meu telhado, derrubar minha casa. Então, tá muito preocupante, tenho filho, família, tudo que mora aqui. Tá complicado”, contou o encarregado de departamento pessoal.
No condomínio vivem cinco famílias. Aos poucos, os moradores estão tirando os pertences pessoais das casas. O que eles esperam agora é um retorno da construtora para saber onde vão morar.
“A gente não sabe se a Defesa Civil vai acabar interditando nossa casa também, porque como o muro tá cedendo, um muro tá puxando o outro. Então, pode ser que eles interditem. Daí já tá tudo arrumado pra tirar também”, contou a auxiliar administrativa Letícia Ferreira.
A Prefeitura de Mogi disse, em nota, que a Defesa Civil constatou a necessidade de interdição total de cinco residências e parcial de mais uma, ou seja, seis imóveis afetados.
Ainda segundo a prefeitura, 15 pessoas ficaram desalojadas, todas disseram que vão para casa de parentes e não precisam de alojamento social. Agora, os moradores precisam apresentar uma documentação assinada por um engenheiro ou arquiteto, solicitando a desinterdição parcial para a realização de obras e só depois das obras concluídas eles poderão pedir a desinterdição dos imóveis e voltar para casa.
Fonte: G1
Condominial News
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