Pandemia Faz Crescer Demanda Por Sindicatura Profissional

Pandemia Faz Crescer Demanda Por Sindicatura Profissional

"É difícil encontrar um (a) morador (a) que queira ser síndico (a), devido as responsabilidades e obrigações impostas a ele (a)"


      “O surgimento da pandemia covid -19 fez crescer a demanda pela contratação de síndicos que exercem a função profissional nos condomínios residenciais e mistos” afirmam os especialistas. No centro da causa, chegando a 8 meses de confinamento, vizinhos com ânimos acirrados, conflitos para gerenciar e entre outras demandas morador que fazia às vezes de administrador pedindo para deixar o cargo em meio a uma confusão em realizar assembleias presenciais para eleição do novo síndico e a falta de conhecimento para realização por meios virtuais.


      Entre os moradores é difícil encontrar alguém que queira ser síndico (a) e que, só lamenta as responsabilidades e obrigações impostas a ele (a), um aumento nas solicitações de orçamento para prestação dos serviços de gestão. “Antigamente, síndico era aquele condômino aposentado, que podia colaborar. Hoje, exige conhecimento, trabalho, tempo e dedicação”.


      Por conta das obrigações pessoais, trabalho, profissão, o síndico morador não está conseguindo conciliar as atividades. É aí que vários condomínios estão optando pela contratação de um profissional. E essa procura tem sido grande” afirmam empreendedores desse seguimento.
“A dificuldade em se eleger um síndico morador está cada vez maior, porque para uma pessoa que não vive profissionalmente desse trabalho, que tem suas obrigações pessoais, falta tempo para ele dedicar ao condomínio a atenção que exige. Já o síndico profissional, como o nome diz, vai exercer a função de forma muito mais assertiva. Hoje, quando essa discussão chega à assembleia, ela é logo aprovada”.
O condomínio deixou de ser simplesmente o condomínio e se tornou empresa”, exigindo do síndico “habilidades específicas”. Entre as queixas, pedindo solução para reclamações”.


      “Do latido do cachorro do vizinho à obra de reforma fora do horário estipulado, passando pelo volume das lives que, muitas vezes, iam até mais tarde. Teve morador discutindo com funcionário, funcionário pedindo desligamento. Ou, porque não houve coleta de lixo no horário acertado ou porque tocaram a campainha muito forte. Motivos pequenos como o morador ter de descer para pegar na portaria a sua encomenda, mas que na somatória ganharam outras dimensões na pandemia”.
“E morador nenhum quer ter de administrar o seu próprio estresse, porque estamos todos vivendo o mesmo momento, e ainda ter de apaziguar os ânimos dos vizinhos, lidar com tudo isso”.


      Nos últimos meses vários condomínios “trocando de empresa de gestão condominial grande por pequena”. Seja buscando um “atendimento mais personalizado”, ou mesmo de forma a rever custos, conta Altamiro Fernandes, que conseguiu o seu primeiro condomínio para administrar e isso após a crise da pandemia, ele relata ainda que fez “várias consultorias nesse período de pandemia”.


      Para Darci Moreira diretor do Sindicato da Habitação (Secovi Go), de uma forma geral, a pandemia impactou o setor no sentido de que os condomínios precisaram se adaptar muito rapidamente às transformações, agravando alguns “problemas de convívio”, e minando a resistência de alguns. Mas fala que o síndico-orgânico “com pouco mais habilidade também conseguiu tocar o barco”.


      “As mudanças precisam ser bem pensadas, é preciso reunir o máximo de informação de determinado serviço, sob o risco de desvalorização do imóvel. Quando alguém chega para comprar um apartamento, ele vai olhar o imóvel, suas instalações, mas também a infraestrutura do lugar, a segurança, etc.” Afirma ainda que foi “notória a procura por síndico profissional” agora na pandemia, até mesmo o serviço de auditoria do trabalho desenvolvido pelo órgão.


      “É muito mais seguro para os moradores (contar com o trabalho de um especialista), diminui o estresse. Ao passo que aumenta a necessidade de acompanhar mais de perto o trabalho realizado pelos síndicos que exercem essa atividade profissional”, completa Darci.


Redação Condominial News

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