8 de março (2)

Atuação das mulheres em gestão de condomínio

     Realizar a conciliação de conflitos entre moradores de condomínios é uma ferramenta que facilita a vida social, financeira e jurídica de todos.

     Essa função embora seja considerada como uma nova cultura de gestão, ela já é praticada há eras pelas mulheres da família a muitas gerações. E seguindo a importância do síndico dentro do condomínio é possível ter a dimensão de toda essa administração, sendo a ponte entre os moradores e a administradora.

     A síndica tem a capacidade de se colocar no lugar do outro e com isso analisar diversas estratégias para a resolver situações conflituosas. De uma maneira geral, quando a mulher assume o cargo de síndica, rejuvenesce o condomínio, adota novas estratégias, delega funções e acompanha o processo de execução, preocupando-se com detalhes que muitas vezes passam despercebidos pelos homens.

     Fique um pouco mais por dentro da atuação das mulheres neste mercado de gestão de condomínios.

     Síndica profissional

     É uma pessoa contratada pelo condomínio para exercer a função de síndico do local. Ao contrário da síndica moradora, o vínculo da síndica profissional com o condomínio é focado na prestação de serviço. Sendo assim, ela não pode ser moradora e nem proprietária de um imóvel no empreendimento.

     Cabe ressaltar que, para ser síndica, a mulher necessita de um curso de capacitação nessa área e, aprenderá mais sobre a gestão de condomínios, leis, regras de boa convivência e muito mais.

     Por todos esses pontos, a procura por síndicas tem sido a escolha mais acertada quando se trata de fazer uma gestão competente de qualquer tipo de condomínio. Muitas tem mudado de profissão para se dedicar a esse novo mercado de trabalho.

     Sabe o que é preciso para ser uma síndica?

     Para ser uma síndica profissional é preciso possuir conhecimento sobre as melhores formas de atender as demandas condominiais. Além disso, a síndica deve ter as seguintes habilidades:

     • Conhecimento em áreas estratégicas
     Para administrar um condomínio a síndica tem que lidar com diversas áreas, como: administração, contabilidade, finanças, recursos humanos, direito trabalhista. E garantir que não existam pendências e que o caixa do condomínio está sempre com reserva.

     • Organização
     É comum que uma síndica esteja à frente da administração de vários condomínios. Sendo assim, é preciso que ela seja organizada a fim de não se confundir com relação aos problemas de cada condomínio, aos documentos etc.

     • Inteligência emocional
     O dia-dia de uma síndica profissional é estar preparada para resolver atritos entre usuários e moradores de condomínios.

     Para isso, é importante que a síndica tenha calma o suficiente e que seja sempre imparcial, orientando da forma devida todos os envolvidos.

     • Boa comunicação
     Como a síndica profissional está em comunicação com todos o tempo todo: moradores, a administradora dos condomínios, possíveis empresas para adquirir itens de reforma etc.

     É sempre bom que esteja atenta em realizar suas orientações de forma clara e baseada nas normas do condomínio, para não ocorrer dúvidas ou questionamentos posteriores e assim, cultivar o bom relacionamento com condôminos e funcionário.

     • Disciplina
     Sempre trabalhar de forma autônoma e independente com disciplina essa síndica profissional conseguira fazer a administração correta de todos os condomínios que estiverem em suas mãos simultaneamente.

     Novo mercado de trabalho para as mulheres

     Em pleno crescimento, o mercado de síndico é ainda dominado por síndico homens. No entanto, síndicas mulheres estão mudando esse cenário diariamente.

     Por isso, muitas mulheres que desejam seguir a carreira como síndica profissional, estão se aventurando, mesmo sendo um mercado difícil, com o trabalho árduo, mas com a certeza de fazer a diferença nas vidas das pessoas valer a pena o desafio.

     As mulheres têm sido cada vez mais numerosas na gestão dos condomínios e esse é um reflexo da independência que elas adquiriram.

     O que pode ser visto como fraqueza se revela como um ponto forte da atuação da mulher, que é a sensibilidade.

     O mundo muda e as pessoas precisam se adaptar às mudanças. As mulheres, com sua sensibilidade e responsabilidade, estão mais propensas a se a ter resiliência e ajudar na mudança daqueles que estão ao seu redor.

Saiba mais…

      Quem nunca ouviu ‘nossa como ela é forte, poderosa, elegante’, entre outras qualidades, ou até mesmo frases que denotam negatividade, como insegurança, fragilidade, submissão em relação à suam personalidade. Mas, afinal como definir estas questões, e explicar o que significa a autoimagem e o papel da comunicação interpessoal, para um diálogo eficiente, sem desvios e seguro, de modo que o interlocutor demonstre uma autoimagem forte e compreensível. São muitos pontos levantados e claro que o Condominial News não poderia deixar passar em branco, principalmente às vésperas da comemoração do Dia Internacional da Mulher, hoje 08 de março.

      Para debater a importância da Autoimagem Saudável nos Relacionamentos Interpessoais, a direção do Programa Condominial News convidou a Master Coach Rusci Furtado, a Especialista em Comunicação Não Violenta, Drª Roberta Lucena e a Especialista comportamental em Condomínio (GO), Drª Karlla Sabbag, que responderam os questionamentos do apresentador Tariq Augusto.

      A primeira convidada a falar foi a Drª Roberta Lucena que explicou o conceito de autoimagem. De acordo com ela, muitas das vezes temos uma imagem deturpada por não termos conhecimento e percepção de nós mesmas. “Quando não me conheço, não sei lidar, fica difícil passar para o outro. Quando falamos, como as pessoas estão me lendo? Será que elas estão lendo a essência da Roberta? Estão percebendo quem de fato a Roberta é? ”, exemplifica, acrescentando que neste caso está conseguindo passar uma imagem de mulher autoconfiante, decidida na sua postura e essa leitura se conceitua como autoimagem.

      Em seguida, a Drª Karlla Sabbag acrescentou que autoimagem é a opinião que temos de nós mesmas. “A partir do momento que tenho consciência da minha imagem, transmito ela de forma consciente e inconsciente. E esta transmissão de imagem faz com que as pessoas me tratem de uma forma ou de outra”.

      A Master Coach Rusci Furtado definiu autoimagem como aquilo que estamos projetando para o outro, está voltada para nossa essência e o que estamos apresentando de fato. “Não adianta estarmos bem maquiadas e vestidas, se não transbordamos amor, auto aceitação. Se conheçam primeiro, entendam suas vulnerabilidades, as suas sombras e façam com que vocês compreendam o porquê das suas existências”, aconselha.

      A autoimagem está relacionada também a dois pilares, segundo Drª Karlla, o autoconceito (conceito que tenho de mim) e autoestima (valor que atribuo a mim), além do amor e apreço que tenho por mim, compõe a autoimagem. “Uma pessoa que tem uma autoimagem distorcida, possui insegurança, tem complexo de inferioridade. Ela possui uma crença limitante, a de que não merece ser bem tratada, e que muitas das vezes foi gerada na fase da infância, então ela tem o conceito de que não merece ser amada e tende a se relacionar com pessoas que vão maltratá-las”, complementa.

      A especialista justifica ainda que neste contexto surgem muitos casos de violência contra a mulher. Outro ponto levantado, é que há situações em que a pessoa é talentosa, no âmbito profissional, possui inúmeras ideias, contudo na reunião com seu supervisor, tem medo de expor suas ideias, tem medo de ser criticada, de suas ideias não serem aceitas e ser penalizada.

      E aí que entra a importância do feedback, o que nem sempre é compreendido pela pessoa, gerando insatisfação profissional em alguns casos por falha na comunicação interpessoal. Para Drª Roberta Lucena são comuns situações em que a pessoa recebe feedback negativo ou positivo, mas acaba não filtrando de maneira clara e fica magoada, por não conseguir enxergar o que foi falado como verdades. “Perceba tanto sua necessidade ou a necessidade do outro que precisa ser atendida. Muitas das vezes as pessoas não conseguem comunicar com a linguagem das necessidades”.

      Outro tema discutido durante o programa foi a autoconfiança, com perguntas feitas por internautas. Em um dos questionamentos, se timidez está relacionada à falta de autoconfiança. Rusci Furtado deu o exemplo de uma criança tímida, com dificuldade de se expressar, algo que aconteceu na sua infância que a paralisou. Para ela, timidez é agir como um egoísta, de achar que não pode somar, entendendo que as pessoas são melhores que você. “Num momento da infância, certamente, sua mamãe, ou seu papai, todas às vezes que você ia falar algo era paralisado, com interrupções do tipo: ‘não fale nada’, ‘cale a boca’, ‘você não tem que falar,’ ‘o mundo não vai se agradar com você desta maneira’.

      Para lidar com estas situações, a Coach recomenda treinamento e capacitação, olhar-se diante do espelho e se conectar.

Dicas Para Desenvolver Uma Autoimagem

      Ao final do último bloco do programa as convidadas deram dicas sobre como desenvolver a autoimagem. Drª Roberta Lucena disse que para desenvolver uma imagem positiva, assertiva e de conexão, é preciso identificar que temos algum ponto a desenvolver, pontos positivos e negativos. “A timidez tira a possibilidade de impactar mais vidas, mas lembre-se de que você é a imagem e semelhança do criador, e todas às vezes que se sentir impotente e incapaz, lembre-se que é imagem e semelhança Dele”, finalizou.

      Rusci Furtado recomendou que um dos primeiros passos, é melhorar os relacionamentos, começando dentro das famílias. “As relações familiares precisam ser alinhadas, dê voz ao papai e a mamãe, entenda que eles vieram primeiro, olhando para todas questões que precisa melhorar”.

      Também aconselhou, se caso for preciso fazer terapia, busque ajuda com um profissional, coach ou psicólogo e diga onde você está e onde quer chegar. “Mulher poderosa, power, encontra-se dentro da sua realidade, use o amor próprio para você. Para de se comparar, pratique o alto perdão. E onde colocar a luz dos pés, seja luz, transborde”, enviou uma mensagem às mulheres. 

     Já Drª Karlla também se referiu à criação divina. “Deus te criou e olhou para você mulher. Tudo que Ele fez, foi bom, por isso você é uma obra de arte dEle, perfeito,  todo poderoso e te aceitou com seus defeitos. Então, por que você não se aceita?”.

     Assista o nosso programa no link abaixo:

     https://youtu.be/jK9lExcjDH4

8 - de Março - Feliz Dia Internacional das Mulheres

Condominial News

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