agressão (4)

     O porteiro Rodinei Antônio Xavier, agredido a socos por um morador do condomínio em que trabalha, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, registrou ocorrência na Polícia Civil por injúria discriminatória contra o agressor.

     No registro feito na noite do sábado (24), consta que o morador "proferiu diversas injúrias raciais contra a vítima, chamando-a de nego de merda, bosta e nego macaco". E também teria dito que ia perseguir o porteiro até que ele perdesse o emprego.

     O caso ocorreu na quarta-feira (21) em um condomínio na Rua Álvaro Alvim. As agressões foram captadas por câmeras de segurança. A gravação mostra que um homem entrou na guarita da portaria e desferiu socos contra Xavier. A Brigada Militar registrou ocorrência por lesão corporal. Em nota enviada na semana passada, a corporação informou que, no momento do atendimento, não houve referência a xingamentos de cunho racial nem envolvendo o crime de racismo (leia a manifestação completa abaixo).

     Xavier, que está abalado e afastado do trabalho para se recuperar das lesões no rosto, foi à delegacia na noite de sábado. Indicou à polícia o nome e informou que o síndico estava no local e testemunhou, além da agressão física, as injúrias raciais. Também um motoboy que chegava ao condomínio teria acompanhado o que ocorria.

     O desentendimento teria começado por causa de uma telentrega. Conforme Xavier, um entregador chegou com uma encomenda na portaria com o número do apartamento, mas não tinha a informação sobre em qual torre fica o imóvel. O porteiro relatou ter procurado na agenda e interfonado para o morador, mas o equipamento estava estragado.

     Ainda segundo Xavier, a esposa do agressor ligou para o telefone da portaria e o porteiro disse que o entregador havia ido embora. O morador teria começado as agressões raciais ainda por telefone. Depois, desceu, buscou o síndico em casa e foi até a portaria, onde desferiu os socos em Xavier, tendo que ser contido pelo síndico e por outro morador.

     A advogada Tais de Oliveira Fernandes Kersch, que representa Xavier, disse que a Justiça do Trabalho também será acionada, já que as agressões ocorreram no ambiente do serviço do porteiro.

     Confira, na íntegra, a nota divulgada pela Brigada Militar:

     NOTA À IMPRENSA

     O Comando do 9º Batalhão de Polícia Militar tem conhecimento da ocorrência atendida na noite de quarta-feira (21/02) na Rua Professor Álvaro Alvim, no Bairro Rio Branco, onde o porteiro de um prédio informa ter sido agredido por um morador.

     No local, a guarnição fez contato com o porteiro que informou se tratar de um desentendimento referente a entrega de um lanche em que um morador descontente com a situação foi até a portaria, onde houve uma discussão que terminou em agressão, momento em que morador desferiu socos no profissional.

     Em momento algum foi referido aos policiais que antes da agressão teriam ocorrido ligações via telefone com xingamentos de cunho racial ou qualquer outro fato envolvendo crime de racismo, razão pela qual foi lavrado boletim de ocorrência do tipo comunicação de ocorrência policial (BO-COP) pelo crime de lesão corporal.

     A Brigada Militar, como instituição dedicada a proteção e segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com toda comunidade e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores da instituição.

     Ten Cel Fábio da Silva Schmitt

     Comandante 9ºBPM

     Fonte GZH

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     O advogado Homero Pacheco Fernandes, que representa o Edifício Estrada da Gávea, localizado em São Conrado, onde mora a professora e ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, confirmou que o condomínio notificou a proprietária do apartamento em que mora a ex-jogadora para que ela deixe o imóvel.

     O pedido, segundo o representante, foi feito nesta quarta-feira. Fernandes também esteve na 15ª DP (Gávea) nesta manhã, onde Sandra era aguardada para prestar depoimento. Ela, no entanto, não compareceu e sua defesa apresentou um atestado para justificar a ausência.

     Pacheco Fernandes relatou que Sandra nunca foi multada, mas confirmou que “tem relatos” de atritos com outros moradores. Ele frisou que não foram agressões, mas, sim, “bate-bocas”.

     — O condomínio notificou a administradora do apartamento por providências, no sentido de retirá-la do edifício — afirmou o advogado.

     Ele esteve na 15ª DP no fim da manhã desta quarta-feira, para entregar imagens das câmeras do condomínio. Segundo ele, os vídeos que entregará à polícia não mostram agressões, mas flagraram o que seria o “início da briga”, quando Sandra teria reclamado que o entregador Max Angelo Alves do Santos teria passado próximo a ela.

     Em uma semana ele esteve na delegacia duas vezes para denunciá-la pelas agressões sofridas verbal e fisicamente, a mais recente no último domingo.

     À polícia, Max afirmou estar com "dores nas costas" e que desejava representar criminalmente mais uma vez contra Sandra, dessa vez "em face das lesões corporais". O entregador foi encaminhado à realização de um exame de corpo de delito.

     Max mora na Rocinha com a atual esposa, Jaqueline dos Santos Lopes, autônoma de 39 anos. Pai de três filhos, que moram com a ex-companheira no município de Queimados, na Baixada Fluminense, ele nem sabe como contará para os filhos sobre tudo que aconteceu. Max é o homem no vídeo publicado nas redes sociais em que Sandra aparece agredindo como uma coleira de cachorro.

     — Complicado uma criança assistir um vídeo desses, é bem pesado. Acredito que a mãe deles não tenha deixado eles verem, mas que fique de exemplo: com certeza eles levam para vida deles, aprendem a não abaixar a cabeça para ninguém — desabafa Max, que diz que foi ameaçado pela professora, que disse ser parente de agentes da polícia.

     O entregador exerce a função há um ano e meio, após perder o emprego de porteiro, no próprio bairro de São Conrado. Na última terça-feira, conta ter sido a primeira vez em que foi alvo de ataques durante o expediente.

     — Quando voltei (de uma entrega) às 22h30, na terça-feira, ela tava parada com o cachorro, passei perto dela. Quando fui guardar as coisas na bag, ela veio na minha direção e começou: “você tem que me respeitar. Você tirou um fino de mim”, sendo que eu nem tinha encostado nela. Aí começaram as agressões verbais.

     Me chamou de marginal, preto, favelado, me mandou tomar em tudo quanto é lugar. Falei: “a senhora acha que tem que ficar sapateando em cima dos outros por causa disso” — relata Max, que, depois da discussão, disse que teve o local de trabalho invadido pela professora e, no dia seguinte, registrou uma ocorrência na 15ª DP.

      No domingo, o episódio se repetiu:

     — Uma menina (Viviane) perguntou porque ela tem tanto ódio da gente, e aí começou a discussão delas. Foi quando ela começou a falar diversas palavras ofensivas, ameaçou a menina, avançou, agarrou a menina, puxou pelas pernas, mordeu.

     Ela ainda ficou correndo aqui, falou que ia matar a menina. Quando voltou, já voltou me agredindo. Soltou o cachorro e me agrediu. Te juro, nem acreditei, para mim ela ia pegar o cachorro e ir embora. Nunca me passou pela cabeça que ia me agredir com a coleira e me dar chicotada nas costas.

     Fonte O Globo

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Síndico é agredido por morador de condomínio em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/Câmeras de segurança

     Um síndico de 59 anos teve fraturas no nariz e na costela alegando ter sido agredido por um morador por advertir crianças sobre a proibição no uso de patins em um condomínio de Ribeirão Preto (SP).

     Imagens das câmeras de segurança do residencial mostram Carlos Eduardo Batista sendo atacado por um homem, inclusive quando está caído no chão.

     O caso foi registrado na Polícia Civil, onde é investigado como lesão corporal, e a vítima foi submetida a exame no IML.

     O suspeito de ser o agressor nas imagens é Marcos Paulo Silva Almeida Duarte, de 44 anos. Procurado pelo g1, ele disse que também vai registrar um boletim de ocorrência contra o síndico por coação de menores, alegando que seus filhos chegaram em casa chorando, e que o profissional já havia se envolvido em outra confusão no prédio.

     "Sou morador e proprietário e vou querer a saída dele do condomínio", disse à reportagem.

     O síndico nega a alegação do pai das crianças com relação à coação.

     Agressão no condomínio

     Segundo o boletim de ocorrência, as agressões ocorreram por volta das 15h30, na última quarta-feira (29).

     Batista afirma que supervisionava a obra de um muro no condomínio no Ipiranga, zona Norte da cidade, quando viu duas crianças com menos de 12 anos patinando no estacionamento. Como a prática é proibida por convenção do prédio, ele se aproximou para adverti-las.

     O síndico diz que, após ter perguntado às crianças se elas estavam com algum responsável por perto, elas responderam que o pai estava no apartamento.

     O vídeo mostra que o porteiro tenta intervir na briga, mas o homem volta a agredir o síndico, que chega a receber chutes mesmo caído no chão.

     “Aí o pai delas bate no vidro [da guarita], eu saio para conversar com ele. Ele simplesmente começa a me bater. ‘Minha filha chegou chorando em casa’, ele só falava isso. E me chutando, me dando murro, me derrubou e depois jogou uma pedra.”

     Após a agressão, Batista foi até a delegacia fazer um boletim de ocorrência, mas foi informado de que não poderia ser atendido de imediato por conta dos ferimentos, principalmente na cabeça.

     Ele seguiu para um hospital, onde foram constatadas fraturas no nariz e nas costelas, antes de voltar à Polícia Civil, para o registro da denúncia.

     O caso foi registrado como lesão corporal na Central de Polícia Judiciári (CPJ) de Ribeirão Preto.

     “Então, por favor, vamos até a portaria que lá a gente entra em contato com o seu pai. Elas já foram chorando, porque, com certeza, já estavam com medo da agressividade do pai, de ele bater nelas”, diz.

     Logo depois, a pedido dele, as crianças foram buscar o pai. Nas imagens, é possível ver um homem chegando e agredindo Batista.

     Fonte g1

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     Uma porteira foi agredida por um morador do prédio onde ela trabalha, no Flamengo, bairro da zona sul do Rio de Janeiro. Imagens de câmeras de segurança do dia 27 de setembro mostram o geógrafo Ronaldo Wilken, morador do edifício, discutindo com Joyce Caroline Fernandes, 27, e em seguida, agredindo a funcionária com tapas e cotoveladas.

     Nas imagens, é possível ver quando um segundo morador chega ao edifício com um cachorro e tenta impedir a agressão, saindo em defesa da porteira. O caso foi registrado na 9ª DP, Catete, e esse não foi o primeiro registro de ocorrência contra o mordor.

     "É um sentimento horrível. Tive crises de ansiedade, não tenho cabeça para voltar ao meu trabalho e a única pessoa que se solidarizou comigo foi o morador que aparece no vídeo me defendendo. O síndico ligou apenas para informar que seriam descontados os dias que tirei de licença médica", lamenta a porteira Joyce Caroline, ao UOL.

     Em 15 de agosto, Joyce afirma ter sofrido assédio sexual de um zelador do prédio e chegou a fazer registro de ocorrência na Delegacia da Mulher. Assustada com a situação, a vítima conta que tirou 14 dias de licença no trabalho, mas, mesmo após a denúncia, nada aconteceu com o assediador.

     A vítima conta que o suspeito tinha saído em defesa do zelador: "Ele disse que eu estava inventando aquilo tudo, que não houve assédio, que eu não teria como provar nada, que eu era doente, problemática e disse que queria que eu 'vazasse' dali", disse a porteira.

     Com as ameaças, Joyce ficou assustada, registrou a ocorrência contra o morador e foi afastada novamente do trabalho. Quando retornou, soube que Ronaldo estava viajando e ficou mais aliviada, já que não o encontraria.

     Dias depois, quando retornou ao prédio, assim que Ronaldo se aproximou da portaria, a Joyce começou a gravar o áudio.

     "Assim que ele me viu, perguntou o que eu ainda estava fazendo ali, por que não pedi demissão e se eu me achava bonita para sofrer assédio", relatou a porteira, que foi agredida em seguida.

     A vítima trabalha no prédio há dois anos e oito meses e foi agredida no rosto e nos braços. Após as agressões, ela chamou a polícia, que foi até o local para levar os dois à delegacia.

     De acordo com a polícia civil, os casos foram registrados na 9ª DP (Catete) como ameaça, lesão corporal e injúria. Em nota, a corporação afirmou que foi ouvida em sede policial e o caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).

     O UOL entrou em contato com Ronaldo Wilken por mensagem, mas não obteve resposta até o momento. À TV Globo, ele negou as agressões, mas disse que não se manifestaria até consultar seus advogados. A reportagem também tentou contato, por telefone, com o condomínio do prédio, mas não foi atendida.

     Fonte: UOL

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