racismo (6)

     O porteiro Rodinei Antônio Xavier, agredido a socos por um morador do condomínio em que trabalha, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, registrou ocorrência na Polícia Civil por injúria discriminatória contra o agressor.

     No registro feito na noite do sábado (24), consta que o morador "proferiu diversas injúrias raciais contra a vítima, chamando-a de nego de merda, bosta e nego macaco". E também teria dito que ia perseguir o porteiro até que ele perdesse o emprego.

     O caso ocorreu na quarta-feira (21) em um condomínio na Rua Álvaro Alvim. As agressões foram captadas por câmeras de segurança. A gravação mostra que um homem entrou na guarita da portaria e desferiu socos contra Xavier. A Brigada Militar registrou ocorrência por lesão corporal. Em nota enviada na semana passada, a corporação informou que, no momento do atendimento, não houve referência a xingamentos de cunho racial nem envolvendo o crime de racismo (leia a manifestação completa abaixo).

     Xavier, que está abalado e afastado do trabalho para se recuperar das lesões no rosto, foi à delegacia na noite de sábado. Indicou à polícia o nome e informou que o síndico estava no local e testemunhou, além da agressão física, as injúrias raciais. Também um motoboy que chegava ao condomínio teria acompanhado o que ocorria.

     O desentendimento teria começado por causa de uma telentrega. Conforme Xavier, um entregador chegou com uma encomenda na portaria com o número do apartamento, mas não tinha a informação sobre em qual torre fica o imóvel. O porteiro relatou ter procurado na agenda e interfonado para o morador, mas o equipamento estava estragado.

     Ainda segundo Xavier, a esposa do agressor ligou para o telefone da portaria e o porteiro disse que o entregador havia ido embora. O morador teria começado as agressões raciais ainda por telefone. Depois, desceu, buscou o síndico em casa e foi até a portaria, onde desferiu os socos em Xavier, tendo que ser contido pelo síndico e por outro morador.

     A advogada Tais de Oliveira Fernandes Kersch, que representa Xavier, disse que a Justiça do Trabalho também será acionada, já que as agressões ocorreram no ambiente do serviço do porteiro.

     Confira, na íntegra, a nota divulgada pela Brigada Militar:

     NOTA À IMPRENSA

     O Comando do 9º Batalhão de Polícia Militar tem conhecimento da ocorrência atendida na noite de quarta-feira (21/02) na Rua Professor Álvaro Alvim, no Bairro Rio Branco, onde o porteiro de um prédio informa ter sido agredido por um morador.

     No local, a guarnição fez contato com o porteiro que informou se tratar de um desentendimento referente a entrega de um lanche em que um morador descontente com a situação foi até a portaria, onde houve uma discussão que terminou em agressão, momento em que morador desferiu socos no profissional.

     Em momento algum foi referido aos policiais que antes da agressão teriam ocorrido ligações via telefone com xingamentos de cunho racial ou qualquer outro fato envolvendo crime de racismo, razão pela qual foi lavrado boletim de ocorrência do tipo comunicação de ocorrência policial (BO-COP) pelo crime de lesão corporal.

     A Brigada Militar, como instituição dedicada a proteção e segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com toda comunidade e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores da instituição.

     Ten Cel Fábio da Silva Schmitt

     Comandante 9ºBPM

     Fonte GZH

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     Helena Rodrigues da Abadia, 44, denunciou um morador do residencial Park Ville, na 912 Norte. Homem foi solto após audiência de custódia

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     A porteira do residencial Park Ville, na 912 Norte, denunciou na última segunda-feira (31/7), o morador Marcus de Araujo Junior, 37 anos, por injúria racial. O homem chegou a ser preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), mas foi solto após passar por audiência de custódia na terça-feira (1º/8).

     Em conversa com a reportagem, Helena Rodrigues da Abadia, 44 anos, conta que apesar de ter presenciado comentários estranhos durante o expediente, o tom das falas de Marcus ao circular pela guarita ganhou um caráter racial apenas na última semana. Em um dos encontros, foi chamada de “Chica da Silva”, em alusão à personagem negra emblemática da história brasileira.

     “Semana passada, foi a primeira vez que foi mais explícito. Foi uma movimentação muito estranha, nunca tinha passado por isso”, explica a profissional.

     Helena relembra que ganhou um cartaz feito pelo morador com os dizeres: “Morte aos judeus e seus seguidores”. As palavras “morte”, “judeus” e “seguidores” estavam destacadas.

     Na última segunda-feira (31/7), no entanto, os encontros que teve com Marcus foram mais preocupantes. “Ele chegou perto de mim e perguntou se caso estivesse com a cara preta, ele poderia sair na foto do reconhecimento biométrico da portaria. Ele voltou a insinuar que se tirasse uma foto com a cara toda preta, ele conseguiria sair na imagem e disse ‘Tchau, Chica da Silva’, antes de ir embora”, relata.

     No primeiro momento, a porteira admite que não entendeu o tom das falas. “Ele voltou mais tarde, sentou em um banquinho ao lado da portaria e perguntou se meu nome era Chica da Silva”, conta. Em seguida, Marcus perguntou se Helena tinha uma filha. Ao questionar o motivo do morador querer saber se possuía descendentes, ele pediu para que a garota fosse brincar com ele e que a filha seria um problema a menos na vida da profissional.

     “Isso foi o que pesou demais. Nunca passei por isso, racialmente não. Sempre vi casos assim, mas quando aconteceu comigo foi muito impactante, porque envolveu minha filha”, lamenta Helena.

     Testemunha do episódio, Jeferson Ygol Trajano Dantas, 30, colega de Helena e também porteiro do condomínio acionou o responsável pelo complexo residencial e PMDF.

     “[Ao ouvir isso,] Já fiquei arrepiado, me tremendo todo. Tem que chamar a polícia, isso daí não pode ficar assim não”, encorajou.

     Proibição

     Marcus chegou a ser preso, mas recebeu a liberdade provisória, na última terça-feira (1º/8), desde que mantenha distância do condomínio e de Helena. Por consequência do local de trabalho da porteira, está afastado de sua residência.

     Mesmo com as sanções impostas, funcionários do complexo residencial relataram que o homem circulou pelo local na última quarta-feira acompanhado de um familiar.

     “Sinto uma sensação de impunidade total. Uma pessoa que ofereceu risco a outra gratuitamente. Nunca falei com ele, nunca trocamos olhares estranhos de maldade, nunca tive um confronto direto. É uma pessoa que é preocupante, precisa ter um cuidado redobrado”, sinaliza Helena.

     Para Jeferson, a soltura de Marcus é “lamentável”. “Fica aquele medo, confesso que fico assustado. Ele está solto. Estou meio alerta. Não sei como vai ser daqui para frente, tomara que ele esqueça isso, que a gente consiga trabalhar em paz, mas o medo fica. Espero que a alguma coisa seja feita.”

     Outro lado

     A reportagem tentou contato com Marcus, mas não localizou o ex-morador do condomínio da 912 Norte ou defesa dele. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

     Fonte Metrópoles

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     O advogado Homero Pacheco Fernandes, que representa o Edifício Estrada da Gávea, localizado em São Conrado, onde mora a professora e ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, confirmou que o condomínio notificou a proprietária do apartamento em que mora a ex-jogadora para que ela deixe o imóvel.

     O pedido, segundo o representante, foi feito nesta quarta-feira. Fernandes também esteve na 15ª DP (Gávea) nesta manhã, onde Sandra era aguardada para prestar depoimento. Ela, no entanto, não compareceu e sua defesa apresentou um atestado para justificar a ausência.

     Pacheco Fernandes relatou que Sandra nunca foi multada, mas confirmou que “tem relatos” de atritos com outros moradores. Ele frisou que não foram agressões, mas, sim, “bate-bocas”.

     — O condomínio notificou a administradora do apartamento por providências, no sentido de retirá-la do edifício — afirmou o advogado.

     Ele esteve na 15ª DP no fim da manhã desta quarta-feira, para entregar imagens das câmeras do condomínio. Segundo ele, os vídeos que entregará à polícia não mostram agressões, mas flagraram o que seria o “início da briga”, quando Sandra teria reclamado que o entregador Max Angelo Alves do Santos teria passado próximo a ela.

     Em uma semana ele esteve na delegacia duas vezes para denunciá-la pelas agressões sofridas verbal e fisicamente, a mais recente no último domingo.

     À polícia, Max afirmou estar com "dores nas costas" e que desejava representar criminalmente mais uma vez contra Sandra, dessa vez "em face das lesões corporais". O entregador foi encaminhado à realização de um exame de corpo de delito.

     Max mora na Rocinha com a atual esposa, Jaqueline dos Santos Lopes, autônoma de 39 anos. Pai de três filhos, que moram com a ex-companheira no município de Queimados, na Baixada Fluminense, ele nem sabe como contará para os filhos sobre tudo que aconteceu. Max é o homem no vídeo publicado nas redes sociais em que Sandra aparece agredindo como uma coleira de cachorro.

     — Complicado uma criança assistir um vídeo desses, é bem pesado. Acredito que a mãe deles não tenha deixado eles verem, mas que fique de exemplo: com certeza eles levam para vida deles, aprendem a não abaixar a cabeça para ninguém — desabafa Max, que diz que foi ameaçado pela professora, que disse ser parente de agentes da polícia.

     O entregador exerce a função há um ano e meio, após perder o emprego de porteiro, no próprio bairro de São Conrado. Na última terça-feira, conta ter sido a primeira vez em que foi alvo de ataques durante o expediente.

     — Quando voltei (de uma entrega) às 22h30, na terça-feira, ela tava parada com o cachorro, passei perto dela. Quando fui guardar as coisas na bag, ela veio na minha direção e começou: “você tem que me respeitar. Você tirou um fino de mim”, sendo que eu nem tinha encostado nela. Aí começaram as agressões verbais.

     Me chamou de marginal, preto, favelado, me mandou tomar em tudo quanto é lugar. Falei: “a senhora acha que tem que ficar sapateando em cima dos outros por causa disso” — relata Max, que, depois da discussão, disse que teve o local de trabalho invadido pela professora e, no dia seguinte, registrou uma ocorrência na 15ª DP.

      No domingo, o episódio se repetiu:

     — Uma menina (Viviane) perguntou porque ela tem tanto ódio da gente, e aí começou a discussão delas. Foi quando ela começou a falar diversas palavras ofensivas, ameaçou a menina, avançou, agarrou a menina, puxou pelas pernas, mordeu.

     Ela ainda ficou correndo aqui, falou que ia matar a menina. Quando voltou, já voltou me agredindo. Soltou o cachorro e me agrediu. Te juro, nem acreditei, para mim ela ia pegar o cachorro e ir embora. Nunca me passou pela cabeça que ia me agredir com a coleira e me dar chicotada nas costas.

     Fonte O Globo

Condominial News 

 

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     Uma diarista de 45 anos afirmou ter sido chamada de 'neguinha' e 'macaca' após ter molhado acidentalmente o imóvel vizinho da casa em que trabalhava, em um condomínio de luxo em frente à Praia da Enseada, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ela foi ao DP Sede da cidade denunciar o ocorrido, e o caso foi registrado com o injúria racial.

     Conforme apurado pela reportagem nesta segunda-feira (20), a vítima contou à Polícia Civil que fazia uma faxina ao lado de uma colega. E depois de a água ter escorrido para a casa ao lado, a vizinha reclamou que ela havia molhado o local e o cachorro dela. A diarista contou, em depoimento, ter pedido desculpas e se oferecido para secar a casa da mulher, que não aceitou e passou a ofendê-la.

     A vítima disse ter sido chamada de 'empregadinha', 'macaca', 'neguinha', 'vagabunda', entre outras ofensas, como dizer que aquele não seria um local para ela frequentar.

     Mesmo após os ataques, a diarista disse que tentou acalmar a vizinha, que só parou de ofendê-la diante da presença do marido, que pediu para ela não discutir, pois eles falariam com o síndico.

     O caso foi registrado como injúria racial na Delegacia Sede de Guarujá, e a diarista manifestou o desejo de processar a mulher criminalmente.

      Fonte G1

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     Em outubro de 2022, Eddy Jr., Elisabeth e o filho dela se envolveram em confusão em condomínio de São Paulo. Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP) investiga caso como injúria racial. Idosa alega que 'sofreu com barulhos' do vizinho e tenta danos morais.

Imagem de câmera de segurança mostra vizinha de Eddy Jr em um dos episódios mencionados pelo humorista — Foto: Reprodução/TV Globo

     A vizinha que protagonizou um caso de racismo contra o humorista Eddy Jr. no ano passado está cobrando indenização milionária do condomínio onde vivem.

     De acordo com informações do portal g1, Elisabeth Morrone entrou com ação na Justiça de São Paulo pedindo R$ 50 mil por suposta omissão do condomínio com relação aos casos de barulho excessivo do humorista.

    "Prejuízo à saúde"

     No processo movido junto à 29ª Vara Cível de São Paulo, Elisabeth afirma que sofre há mess com o volume alto vindo do apartamento do vizinho e que isso causou "severo prejuízo à sua saúde, dentre outros problemas".

     O advogado da mulher explicou, no pedido, que os episódios com Eddy no ano passado resultaram em duas multas para a cliente, nos valores de R$ 1.646,13 e R$ 5.259,64.

     “A autora era atormentada pelo seu vizinho praticamente todas as noites com ruídos constantes. A importunação causada já foi objeto de dezenas de relatos consignados no livro de registro do condomínio”, afirmou.

   Depoimentos apresentados à Justiça

     Um conjunto de depoimentos de outros condôminos foi apresentado no processo, para embasar o pedido da mulher. Até o momento, a administração do prédio não se manifestou sobre o assunto.

     Em dezembro do ano passado, Elisabeth foi atestada com ansiedade e depressão. Por isso, realiza tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

   Relembre o caso de racismo

     Em outubro do ano passado, Eddy Jr. publicou vídeo nas redes sociais em que aparece na garagem do prédio tentando entrar no elevador com sua cachorra, mas a mulher se recusa a entrar com ele e o ofende repetidas vezes.

     "Não quero ficar com ele, não vou subir com ele", diz a vizinha, que chama o rapaz de "imundo", "macaco", "bandido", "neguinho perigoso", entre outras ofensas raciais.     

   Ameaças anteriores

     Antes deste episódio, o humorista registrou queixa após ser alvo de ameaças de Elisabeth e do filho dela.

     Imagens do sistema interno de segurança do condomínio mostraram ao menos dois episódios em que a vizinha e o filho foram à porta do apartamento de Eddy com facas e garrafas e discutiram com o morador.

     Fonte: G1

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     A Polícia Civil está investigando um caso de agressão contra uma mulher na zona Sul de Natal. A gerente de vendas Flávia Carvalho, 36 anos, foi agredida por duas mulheres no condomínio onde mora, na última quarta-feira (7). As imagens foram gravadas por uma câmera de segurança do elevador do prédio e mostram as agressões enquanto a vítima tenta entrar no equipamento para cessar os golpes que sofria. A mulher também denunciou a prática de injúria racial durante a agressão. Conforme o relato à Polícia Civil, a vítima disse que foi chamada de "negra nojenta", "preta safada", e "que não merecia morar naquele local".

     A Polícia Civil informou que tem feito diligências sobre o caso desde que Flávia Carvalho registrou Boletim de Ocorrência. Ela prestou depoimento às autoridades na última sexta-feira (9). Até esta segunda-feira (12), as agressoras ainda não tinham dado declarações à delegada responsável pela investigação. O caso é conduzido pela 10ª Delegacia de Polícia. 

     A vítima mora no condomínio Quatro Estações, no bairro de Candelária. Ela foi alvo de agressões na manhã da última quarta-feira e, desde então, saiu do seu apartamento, levando junto as duas filhas para a casa do namorado, com medo depois de ter sido atacada. As agressoras são moradoras do próprio condomínio.

     "Eu lembro e eu ainda estou em choque. Essa mulher não tem um arranhão, eu não tinha ação, eu não sabia o que fazer, eu não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. A minha única preocupação era manter a porta do elevador aberta para eu conseguir fugir daquilo. Eu não imaginava que isso pudesse acontecer", relatou a gerente de vendas.

     Flávia Carvalho relatou que a sua vizinha de andar e a filha dela, que mora no mesmo prédio em um andar diferente, fizeram uma emboscada quando ela saía para trabalhar. "Fui surpreendida, enquanto esperava o elevador", relatou.

     Como resultado das agressões, a vítima teve edemas e escoriações leves no rosto, como ficou coprovado em exame de corpo de delito feito após prestar queixa na delegacia.

"Implicâncias frequentes"

     O estopim para agressões ocorreu na última quarta-feira, mas Flávia Carvalho garantiu que sofria implicâncias recorrentes desde que a vizinha se mudou para o apartamento ao lado do seu, há cerca de dois anos. A vítima mora no local há cinco anos.

     "Ela chegou lá a cerca de dois anos e as implicâncias são muito frequentes, ela reclama de um barulho que vem do meu apartamento que nunca existiu. Ela já pediu reunião com o advogado do condomínio, que não deu em absolutamente nada, porque nunca houve esse barulho que ela fala. Só ela reclama desse barulho" , disse.

     Com a queixa prestada na delegacia, a vítima espera que as agressoras sejam processadas e punidas pelo que fizeram.

Governadora acompanha o caso

     A governadora Fátima Bezerra acompanha as investigações sobre o caso. De Brasília, a chefe do executivo estadual disse que entrou em contato com as autoridades de segurança e reforçou que "o RN tem tolerância zero para violência racial".

     "Por isso, venho aqui para deixar claro que todas as medidas estão sendo tomadas, e racistas NÃO PASSARÃO!", escreveu Fátima Bezerra nas redes sociais.

     Fonte: Tribuna do Norte

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